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Moreno realiza Conferência de Promoção da Igualdade Racial

  • Publicado: Sábado, 30 de Setembro de 2017, 03h43
  • Última atualização em Segunda, 20 de Novembro de 2017, 13h35

A Prefeitura do Moreno, através da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, realizou nesta sexta-feira (29.09) a II Conferência Municipal de Promoção da Igualdade Racial com o tema “Moreno na década dos afrodescendentes”.  Estavam presentes representantes do Governo do Estado, da gestão, da Câmara dos Vereadores, sociedade civil e das matrizes africanas. 

 
A conferência abordou assuntos como o preconceito institucional, ações de combate ao racismo, além de contar com a palestra da assessora técnica da Secretaria Executiva de Segmentos Sociais do Estado, Marta Almeida. “Precisamos trazer para as políticas de direitos humanos os LGBTS, as pessoas com deficiência, os idosos, as mulheres, a nossa juventude negra que está sendo violentada e os povos dos terreiros”, comenta Marta Almeida.
 
O Prefeito Vavá Rufino reforçou a importância de cada um se colocar no papel do outro, para que desta maneira o preconceito possa ser quebrado e que todos possam viver em uma sociedade justa. “O que nós mais ouvimos é de um lado o amor, o carinho, o respeito, a fraternidade, a união e por outro lado ainda vemos as discriminações, a falta de respeito e naturalmente as políticas públicas precisam estar verdadeiramente presentes, para que possamos eliminar essas desigualdades”, afirmou Vavá.
 
Foram entregues no evento, a todos os participantes bonecas Abayomi que tem origem Iorubá, e significa encontro precioso (abay = encontro, omi = precioso). De acordo com a história, as mulheres negras confeccionavam as bonecas com pedaços de suas saias, único pano encontrado nos navios negreiros, para acalmar e trazer alegria para seus filhos. 
 
 
Pai Alan, representante das matrizes africanas, mostrou satisfação ao ver o salão paroquial repleto de pessoas lutando por um só objetivo: o fim do preconceito. “Hoje eu trago um misto de alegria e tristeza, alegria por ver o que está sendo feito hoje, saber que estamos no caminho para desconstruir uma história de preconceito e intolerância religiosa, mas ao mesmo tempo triste em saber que em pleno século 21, ainda tenha que ser necessário se reunir pessoas, para estar discutindo o respeito, a igualdade”, disse Pai Alan.
 
A presidente do Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial, Elza Torres (Mãe Elza), se emocionou ao ouvir o hino Nacional e o que nele é dito, o relato de um País onde todos são iguais, uma mistura de etnias onde todos são semelhantes. “Toda vez que eu ouço o hino do Brasil eu fico um pouco emocionada, porque ouvimos que somos filhos da Pátria, mas nós não conseguimos nos sentir assim. Essa Pátria não nos enxerga”, comenta Mãe Elza.
 
A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Moreno, Vera Leticia lembrou que o preconceito e a desigualdade precisam ser combatidos. “Nesses encontros queremos dar um grito, e vamos continuar gritando, o negro, o afrodescendente é quem mais sofre com a pobreza, com a violência, com a falta de direitos básicos.  Vamos continuar exigindo respeito, porque nós somos todos iguais”, explicou Vera Letícia.
 
POR: NAYHARA NUNES
 
FOTO: OHANA CHAGAS
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