Pesquisas sobre a Leishmaniose são intensificadas na zona rural
Em parceria com a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), a Prefeitura do Moreno, através da Secretaria de Saúde, está intensificando o trabalho de campo no diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar, doença transmitida pelo inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”.
No início do mês de novembro, os pesquisadores visitaram o prefeito Vavá Rufino para detalhar o trabalho que vem sendo realizado no município desde o ano de 2000. Segundo o gerente de Vigilância em Saúde do Moreno, Cláudio Júlio, a incidência da doença tem forte relação com o desmatamento. “O primeiro caso de Leishmaniose Tegumentar foi notificado no século XIX na cidade de Bauru, em São Paulo, numa área que foi desmatada para construção de uma ferrovia”, explica Cláudio Júlio.
Nesta segunda-feira (20.11), as equipes da Fiocruz e da Secretaria Municipal de Saúde estiveram no Engenho Jardim, área rural do Moreno. No local, as equipes colheram material em equinos, cães, gatos e ovinos. As coletas de sangue foram realizadas nas secreções das lesões e nas conjuntivas dos animais. ”O material é levado para o Centro de Pesquisas Ageu Magalhães da UFPE para conclusão do diagnóstico. Através do DNA, o resultado é preciso”, diz Cláudio Júlio.
Além do gerente da Vigilância em Saúde, a equipe que visitou o Engenho Jardim contou também com as presenças do veterinário Weksigley Souza e da pesquisadora da Fiocruz Edileuza Brito. Paralelo ao trabalho de diagnóstico da Leishmaniose, os profissionais de saúde também estão realizando a vacinação antirrábica em cães e gatos. “Sentimos a satisfação das pessoas da área rural que estão vendo nosso trabalho ser intensificado”, concluiu Cláudio Júlio.
Nesta terça-feira (21.11), duas equipes formadas por 11 profissionais, voltam ao Engenho Jardim para continuar o trabalho de campo.
POR: HAMILTON ROCHA
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